Essa discussão esteve presente no congresso que participei durante o meu programa de Fellow. E achei de extrema importância e curiosidade.
Sabemos que o controle da fome e saciedade é um mapa metabólico tenebroso que ainda temos muito para estudar e entender como funciona nosso gasto energético. Mas o que vem antes: nossa predisposição para gostar de alimentos mais calóricos, ou a maior disponibilização de energia por meio desses alimentos? Ou seja, a genética é que tem nos tornado mais obesos, ou a nutrição?
O que está escrito no nosso DNA, não necessariamente será “lido”. Com o passar dos anos, alguns genes são mais “lidos”do que outros, e a isso damos o nome de epigenética. Como o ambiente é capaz de modificar nossa genética?
Como éramos dependentes da caça, nosso corpo é capaz de armazenar uma grande quantidade de energia, e temos uma tendência a gostar de alimentos mais “gordurosos” porque, segundo nosso gene “não sabemos quando seria a nossa próxima refeição”
Entretanto, hoje podemos comprar nossos alimentos, e não precisamos gastar energia para conquista-los, e, como a indústria alimentícia quer vender cada vez mais, ela produz cada vez mais alimentos com gordura, e isso se torna um ciclo vicioso.
Cerca de 40% do nosso peso é de contribuição genética e os outros 60% é do ambiente (nossos hábitos de vida). Ou seja, ir ao medico para falarmos que precisamos melhorar o hábito de vida não é nenhum segredo, mas o que podemos fazer é adaptar o nosso ambiente e, possivelmente, a expressão de alguns genes (ou seja, “a leitura do DNA”) para sim, gastarmos mais energia e, com o tempo, diminuirmos a nossa preferência por alimentos gordurosos.
Alimentação perfeita em pleno 2020 não teremos; mas podemos lutar para ter uma rotina cada vez melhor!
Cuide-se bem, afinal,
NÃO EXISTE CORPO B!